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Uberlândia (MG) é a cidade que mais gera energia elétrica fotovoltaica do Brasil. A informação foi divulgada no início de agosto pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), que informou que o município do Triângulo Mineiro ultrapassou o Rio de Janeiro (RJ), maior gerador até então.

O ranking foi atualizado a partir dos dados divulgados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em julho de 2020.

Ranking

Segundo o ranking, Uberlândia tem 40,6 megawatts (MW) de potência instalada, o que representa 6,5% de toda a energia elétrica produzida a partir de fonte solar em Minas Gerais, e 1,3% da produção do Brasil. Esta energia gerada pelas unidades fotovoltaicas instaladas seria capaz de abastecer 12 mil casas com consumo médio de 400 KWh/mês.

A cidade, que é a segunda mais populosa de Minas Gerais, tem produção superior a de capitais que se destacam no setor como Rio de Janeiro (RJ), Fortaleza (CE), Brasília (DF) e Teresina (PI), que completam o ranking das cinco maiores produtoras.

Ainda conforme a associação, o município quase triplicou a capacidade de produção em um ano. Em julho de 2019, foram produzidos 14,8 MW e no mesmo mês de 2020 foram 40,6 MW. Somente entre junho e julho deste ano, a produção aumentou 36,2%.

De acordo com informações da Aneel, a potência instalada em Uberlândia é produzida em 2.675 unidades geradoras, e é distribuída para 3.323 unidades consumidoras. Os dados foram atualizados em 11 de agosto.

Vantagens

De acordo com o professor da Faculdade de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Uberlândia (Feelt/UFU), Luiz Carlos Gomes, entre as vantagens do sistema está a diminuição de gastos para governos, empresas, produtores rurais e cidadãos que passam a gerar a própria energia elétrica.

Além disso, o sistema não emite gases que afetam no efeito estufa e não tem necessidade de represamento e alagamento de áreas verdes para a construção de usinas hidrelétricas. A preservação dos recursos hídricos também é apontada pelo professor.

“A energia solar diversifica a matriz elétrica brasileira reduzindo a dependência de hidrelétricas que sofrem com os períodos de seca, e das termoelétricas que atualmente são responsáveis por complementar a produção de energia elétrica, aumentando significativamente o preço para o consumidor final”, acrescentou Luiz Carlos.

O docente também afirmou que um consumidor residencial de pequeno porte pode economizar até R$ 300 na conta de energia elétrica com a instalação de seis a oito módulos fotovoltaicos. Todo o sistema ocupa aproximadamente 16m² do telhado da residência.

O investimento se paga, em média, em quatro anos, e a maioria dos bancos oferece linhas de financiamento com taxas em torno de 0,8% ao mês. Neste cenário, a parcela do financiamento é paga com a economia na conta

— completou.

Ainda segundo Luiz Carlos, caso a produção de energia seja superior ao consumo da residência ou estabelecimento comercial, o excedente pode ser transferido para outra unidade consumidora. No entanto, as faturas de energia elétrica devem ter o mesmo Cadastro de Pessoa Física (CPF) ou Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ).

Fonte: G1

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